Meninas da Thelure: moda e negócios entre amigas!

* Por Thuane Oliveira

Imagine que delícia ter um negócio com a sua melhor amiga? E se este negócio envolver moda, então, a delícia vai até a décima potência de satisfação. Foi mais ou menos assim que nasceu a Thelure, uma das lojas mais badaladas de São Paulo. Sob o comando das queridas Luciana Faria e Stella Jacintho, a store surpreende a cada coleção e ganha cada vez mais adeptas.

E como nós adoramos tudo que envolve o universo feminino, convidamos as empresárias responsáveis pelo sucesso da marca para falar um pouco sobre beleza, moda, negócios, iniciativas, entre outras coisinhas. Sem estrelismos, elas abriram suas bolsas e intimidade (como compartilhar cabeleireira) para o Seja Phyna em entrevista exclusiva. Acompanhe e descubra segredinhos das donas de uma das lojas mais badaladas do Itaim Bibi! Preparadas? Então, vamos lá!

Como vocês se conheceram?
Lu e Stella: De fato mesmo, em 2000, quando a Stella mudou para SP (ela morava em Campo Grande - MS). Como nossas avós são amigas há anos, logo que ela veio para São Paulo nos conhecemos. No ano passado, vendo filmes de infância, descobri que a Stellinha foi na minha festa de 4 anos.

O que faziam antes da criação da Thelure?
Lu: Trabalhava na área de Marketing e Novos Negócios da Daslu.
Stella: Trabalhava no mercado financeiro em private banking. Dois mundos completamente diferentes!

Quando descobriram que queriam trabalhar com moda?
Lu: A princípio, a ideia era empreender. Tínhamos vontade de fazer um negócio, mas não sabíamos a área. Chegamos a pensar em várias coisas em diversos setores. E a ideia da Thelure surgiu analisando uma oportunidade no mercado, começamos para testar e vimos que era realmente o que queríamos.
Stella: Sempre achei gostoso (difícil uma mulher que não goste um pouquinho de moda) e com o passar do tempo a Thelure foi dando cada vez mais certo. Neste ponto já não tinha mais como parar de mexer com moda...

Quem é referência na área profissional para vocês?
Lu: Muito difícil para mim essa pergunta. Procuro tomar como referência pessoas que conseguem equilibrar os lados profissional e pessoal, sendo os dois muito bem sucedidos. Sei que é difícil, mas tento ir atrás disso
Stella: Mais próxima é a minha irmã Vanda, não tão próxima é a Traudi, da Le Lis Blanc. Tiro meu chapéu!

Quem é o publico na Thelure?
Lu: Uma mulher atual, ativa, que se importa em se vestir bem e, ao mesmo tempo, é preocupada com o seu dia a dia e obrigações. Tem a vida muito ativa. Desta forma, procuramos facilitar ao máximo a vida dela, oferecendo peças que ela consiga usar de dia e à noite.
Stella: Não existe um específico. Vemos isso cada vez mais com nosso público de atacado. Antes, tínhamos um público muito claro, meninas de 20 anos. Hoje, vejo as amigas da minha mãe comprando peças pra elas, vejo clientes do atacado levando para clientes de 50 anos. Nós soubemos adaptar alguns detalhes, como a questão do comprimento (ter sempre curto e até o joelho) e assim por diante.


O que é moda para vocês?
Lu: Um retrato da realidade da sociedade. Ela muda suas formas, maneiras de se mostrar, preços, se adaptando a atualidade.
Stella: É prazer, saber usar criações diferentes juntas, misturar cores, etc.

O corte das peças da Thelure traz a personalidade de vocês?
Lu: Nos preocupamos demais em conversar com as clientes e ver a necessidade delas, mas com certeza tem muito da nossa personalidade. Exemplo são os vestidos, peça indispensável nos nossos armários e nas araras da Thelure.
Stella: Com certeza, desde o começo. Uma vez que focamos muito nas camisas e calças de alfaiataria, que se tornaram nosso carro-chefe.

Como vocês definem a marca?
Lu:Uma marca comercial com um estilo diferenciado. Você encontra peças muito fáceis de serem usados no dia a dia com um toque de conceito.
Stella: Uma marca fácil de usar, flexível, que atende vários momentos e fases das nossas clientes (do dia a dia a uma festa ou viagem de fim de semana, por exemplo).

Onde querem chegar profissionalmente?
Lu: Procuro ter metas a médio passo, fazer uma coisa por vez, se não, me perco na empolgação. Hoje, a idéia é focar atacado, projetos de franquias e, principalmente, boa divulgação da marca dentro das cidades. Não adianta apenas vender as peças, temos que mostrar o que é a marca.
Stella: Continuar focada total no atacado...step by step!

A ideia de fazer um desfile só com it girls surgiu de quem?
Lu: Sempre que imaginávamos um desfile, era neste formato. Tem mais a cara da nossa loja. As peças são feitas para elas, e nada mais natural do que elas desfilarem. Achávamos que seria legal, mas foi incrível! Todas se empenharam, curtiram muito. (Obrigada meninas!)
Stella: Pensamos nesse desfile desde o comecinho da Thelure, tanto que fizemos um bem pequenininho aqui na loja. O do ano passado foi um sonho realizado, que vamos dar continuidade. O background é o mais divertido!

Qual é a inspiração de vocês?
Lu: Acredito que tudo que a gente vê durante o dia é inspiração, mesmo que não tenha ligação direta com a roupa, mas influencia na maneira como pensamos e no resultado da coleção. Hoje, tudo está mudando muito rápido, nossa coleções também. Isso é reflexo direto da rapidez e dinâmica do mundo atual.
Stella: No momento, meu dia a dia. Me inspiro sempre em algum lugar específico ou em várias pessoas (como em uma turma, etc).

Quem é a mais gastona das duas?
Lu: Vou ter que concordar com a Stellinha. Aqui, a competição é para ver quem é menos gastona. Acho que temos boa noção do que é necessário, tanto na vida pessoal quanto na profissional, o que foi muito bom para não darmos um passo maior em momentos que poderíamos não estar preparadas.
Stella: Não sei. Na verdade, as duas são muitoooo mão fechadas! (rsss, perguntem para as meninas que trabalham com a gente.) Se bobear, somos as que menos tiramos peças pra gente. Sempre queremos deixar as mais legais para as clientes. Dá uma dózinha de ficar pra gente e uma cliente não ter.

Qual foi a loucura que já fizeram por uma peça de roupa?
Lu: Fui chamada para ser madrinha de casamento e não tive tempo de ver vestido. Um dia antes comprei tecido e fiquei com a nossa costureira Bininha (anjaaaaa) fazendo um de última hora.
Stella: Não tô conseguindo lembrar. Mas na minha última viagem com a família (só mulheres), no aeroporto de Hong Kong, tive que abrir mala tirar peças de um lugar para o outro, um desespero!

Qual é o sonho de consumo de vocês?
Lu: Concordo com a Stellinha. Mas, hoje, seria uma casa que estamos para alugar para ser o nosso escritório e parte do atacado.
Stella: Muitas Thelurinhas espalhadas pelo Brasil.

O que vocês carregam na bolsa?
Lu: Tudo! (hahaha) Quando você pensa que não vai achar mais nada na minha bolsa, aparece mais alguma coisa. Carregador de telefone, maquiagem, escova de cabelo, remédio para emergências, caderninho de anotações...
Stella: Lipstick, lipstick, lipstick... Necessaire com nívea latinha azul para as mãos, lápis de olho (esses são vícios). O resto: alguma lavanda, blush rosinha, minha agenda (que ocupa metade da bolsa) e o resto, básico (ou não tão básico).

O que não pode faltar na prateleira de vocês?
Lu: Meu computador e meu celular já fazem parte de mim. Acredito que não consigo mais viver sem eles.
Stella: Meu laptop. Na verdade, na minha prateleira tem muita papelada, muita revista, mas meu computador, que normalmente só largo na hora de dormir, tá sempre no meu criado mudo.

Com quem fazem o cabelo?
Lu: Se vou ao cabeleireiro enquanto estou na loja, na maioria das vezes faço com a Fabíola, da Espaço A+. Se estou em casa ou quero um penteado mais extravagante, o Ari do MG Hair. E se quero uma escovinha em casa, a qualquer horário da noite, a Cleidinha, amiga inseparável da Stellinha.
Stella: Cleidinha! Vou atrás dela no cabeleireiro que ela estiver trabalhando, ou melhor, ela vai em casa 10h, 11h, 12h da noite. A melhor de todas! Ela e sua filha, Janaina. A melhor escova ever e, em 15 minutos (não é propaganda, hahaha).